Esqueça o desejo de controle: priorize as realizações

Controle: algo tão antigo e sem propósito. Parte-se do ponto de que controlar é algo simples e que traz bons resultados. Ao longo dos anos, avaliando e ouvindo sempre isto, concluo que o ser humano tem nula competência para controlar.

Quanto mais controle colocamos, mais somos descontrolados. Somos manipulados por uma gama de informações, processos falhos, indicadores que só servem para tomar tempo e não são utilizados.

Controle dentro do mercado

Nas empresas é comum de se ouvir que o controle evita desvios, informações para concorrentes, e por aí vai. Mas o que temos é descontrole geral e de tudo. Melhor então criar formas e meios de conscientizar, comprometer, tornar as pessoas mais engajadas nos seus propósitos e nos resultados para si mesmas e para o local de trabalho. Afinal, a empresa existe para quê?

Empresas geram empregos e pagam impostos. Tem ainda o lado social e político de convivências, geração de valor para os seres humanos. Atrás de tudo isso, existem várias formas de descontrole – algumas gerando enormes perdas econômicas e financeiras, que acarretam mais angústias pela sensação de perda de “controle” de tudo o que fazemos.

Conscientização e treino ajudam? 

Realmente é difícil dizer. Quando conseguimos que os colaboradores tenham senso de serem comprometidos em realizar, passam a sentir que aí está seu prazer. Tudo começa a fazer sentido para todos ao se construir positivamente algo útil e bom para o Grande Todo –  empresa, comunidade, família, escolas, enfim.

Conscientizar tem que vir da origem da educação: o que posso fazer melhor e que seja útil para mim e para o todo onde estou inserido? Não existe controle: nem de pessoas, muito menos de situações. Temos que optar por investir em conscientizar, fazendo o melhor. Afinal, se a gente não controla sequer as próprias reações de nosso corpo, como controlar algo muito mais valioso e complexo?

Não estou querendo dizer que não se deva acompanhar, criar indicadores e formar profissionais com capacidade de análise. O trabalhador que é analista tem capacidade para avaliar resultados, fazer projeções e, por isto, informar e formar com mais competência para, de fato, realizar.

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