Um feedback completo e bem estruturado dado aos colaboradores é essencial para o alinhamento do trabalho em equipe. A devolutiva dada por um líder ou gestor é uma forma poderosa de promover o desenvolvimento profissional (e também pessoal) de uma pessoa. Ela fomenta o relacionamento e promove o fluxo em busca de uma melhor atuação.
Mas o que pouco se pensa é sobre os feedbacks que ocorrem no dia a dia de trabalho. Muito além da tradicional devolutiva, feedbacks podem ser até mesmo não-verbais, como um sorriso, um abraço, um olhar amigável — afinal, lembremos aquela máxima: o corpo fala. Existem dezenas de outras formas de dar ao membro da equipe um retorno sobre sua atuação. O importante é manter a equipe ciente de que seus esforços estão sendo reconhecidos!
Tipos de feedback
Cada tipo de feedback possui um intuito, e deve ser aplicado de acordo com a situação. O primeiro deles é o feedback de reconhecimento, aquele que é positivo, e busca reconhecer o mérito de um bom desempenho em algum trabalho. É essencial para manter a motivação em alta!
Já o feedback de avaliação traz também os pontos fortes, mas principalmente os pontos de melhora do colaborador. E, por fim, há o feedback de orientação, que tem o intuito de guiar a pessoa sobre as melhores práticas, na visão do líder ou gestor que realiza as ponderações. Junto às pontuações positivas, o líder ou gestor indica algumas estratégias para maximizar o desempenho e alcançar resultados ainda mais benéficos.
O emissor da devolutiva precisa buscar usar a comunicação de forma inteligente. É preciso envolver o outro, convencer com argumentos e resolver a questão, com dicas ou sugestões. É essencial que seja gerada uma conexão emocional, o que pode ocorrer por meio da empatia. Algumas frases usadas para despertar esse sentimento são: “Eu entendo que você…”, “Eu me preocupo com tal situação”.
Propósito maior
A palavra feedback, quando analisada em sua etimologia, traz a ideia de “retroalimentação”, uma vez que feed = alimentar e back = de volta. Mas, na verdade, essa devolutiva possui um propósito maior, que é o feedforward: “olhar para frente”, compreendendo que sim, tal período de vivência passou, e que agora é preciso analisar o que foi feito e planejar os próximos passos.
Ou seja, para funcionar, o receptor do feedback precisa deixar de lado o ego e observar o sistema em que está inserido. Por exemplo: ao receber um feedback de que o colaborador precisa ser mais pontual, cuidar mais sua agenda para que não atrase os compromissos, acatar essa observação de maneira inteligente é observar o contexto e interpretar de que forma esse comportamento impacta o sistema e as relações do ambiente de trabalho.
Justamente pela importância dessa maturidade na escuta é que o protagonista do feedback é o receptor da mensagem, que precisa abrir-se ao diálogo e descobrir como utilizar esse processo para que, de fato, gere alguma mudança.
Escuta
Para que uma mudança ocorra, é preciso que o receptor tenha uma escuta ativa e empática. O feedback de avaliação é necessariamente um conflito, e por isso a conversa exige que se entre com uma escuta preparada para potenciais mudanças. O colaborador jamais deve entrar em um feedback com o intuito de vencer a discussão. O foco deve ser em dar abertura para que aquilo possa ser debatido pois a prioridade é que haja diálogo.
É a escuta do receptor que molda o tom da conversa. Por isso, tanto para devolutivas positivas quanto para as negativas, a ser feita é uma desidentificação emocional, afastando-se da crítica ou do elogio e compreendendo o contexto em que é feito, para que assim o diálogo seja mais proveitoso.
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