A gestão de pessoas conquistou espaço dentro das corporações nas últimas décadas. Nunca se falou tanto sobre se ter um ambiente corporativo amigável, com cada vez mais vantagens e benefícios para o colaborador. Quando os especialistas em futuro tentam projetar o novo cenário no mercado de trabalho, muitos dizem que o “novo normal” é a turbulência: é preciso estar preparado para todos os tipos de surpresas.
Para encarar o desafio, as empresas vão precisar de líderes dispostos a exercitar a criatividade, e não a produtividade. Muitos gestores já reconhecem a necessidade de mudança: 80% dos entrevistados para a pesquisa Deloitte Trends Capital Humano 2019 afirmam que precisam desenvolver sua capacidade de liderança de uma maneira diferente.
E dentro desse contexto, precisamos pensar: como seria a gestão de pessoas do futuro? Sem dúvidas, uma tendência que ganha os mais diversos mercados é a inteligência artificial. Na área de gestão de pessoas, não é diferente.
(DES) HUMANIZANDO O RH?
Nos RHs, a inteligência artificial não é uma “ferramenta”. É como se fosse um novo trabalhador, que ajuda ativamente na gestão dos colaboradores. Ela aparece principalmente na forma de chatbots, seja em processos seletivos, seja para solução de problemas recorrentes de RH interno. Já é possível utilizar chatbot para pré-seleções e utilizar os algoritmos de softwares para cruzar os pré-requisitos da oportunidade em relação aos candidatos inscritos. Além disso, informações sobre férias, holerite, 13º salário, dentre outras questões vividas no dia-a-dia agora não são mais preocupação dos funcionários humanos.
Há estudiosos que defendem que ter um bot no RH gera aumento de performances, já que ele observa profundamente as competências do profissional e o “treina” de maneira mais assertiva. Outra vantagem muito comentada é a melhora no clima organizacional, pois com a automatização se facilita a realização de pesquisas de clima, e se gera ações específicas para manter o engajamento dos colaboradores.
PELO VISTO, O JEITO É IR SE ACOSTUMANDO!
Segundo o estudo da consultoria Gartner, líder de aconselhamento sobre tecnologia, até 2021, 25% dos profissionais usarão diariamente assistentes virtuais empresariais para colaboradores. Esta é uma previsão importante, e já começa a ser sentida em algumas organizações. Existem empresas brasileiras já utilizam esta tecnologia há alguns anos.
Uma das primeiras a aderir à estratégia foi a empresa BRF, do setor alimentício. Nela, os chatbots Eva e Flor, criados em 2017, são um apoio interno às demandas, respectivamente, de TI e de RH. Outra organização que introduziu os bots na gestão de pessoas foi a Telefônica Vivo. A chatbot Vivi atende 24h por dia os colaboradores com dúvidas a respeito de procedimentos simples relacionados à gestão de pessoas.
Se o futuro é a presença da inteligência artificial em todos os meios e espaços de nosso cotidiano, o ideal é que todos nós, enquanto profissionais, busquemos aprofundar nossos conhecimentos no assunto, observando vantagens e desvantagens em cada uma dessas áreas, para que possamos cada vez mais fazer um melhor uso dessas tecnologias. Assim, de fato, os bots poderão ser complementos no dia-a-dia, para melhorar nossa qualidade de vida e gestão do tempo.
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