A vida normal que conhecíamos acabou

A partir de agora partimos para a construção de um novo normal. Onde está e como será o futuro? Qual a tendência para nosso futuro profissional e pessoal?

Inicio com uma terceira pergunta: Que futuro? Segundo Bernal (1929), “há dois futuros, o futuro do desejo, e o futuro do destino, e a razão humana ainda não aprendeu a distingui-los”. É válido ressaltar que J.D Bernal refletiu sobre este futuro em 1929, mesmo ano onde ocorreu o crash da Bolsa de Valores de Nova Iorque. O crash desencadeou a mais devastadora crise econômica da história dos Estados Unidos, tendo início no sistema financeiro, na chamada Quinta-Feira Negra, em 24 de outubro de 1929, que a história registra como um dia de pânico na Bolsa.

A crise de 1929 em muito se assemelha às que enfrentamos atualmente, atingindo saúde e economia mundiais. Todas estas questões nos fazem refletir sobre o futuro e o que faremos dele.

O futuro precisa ser reconstruído ou construído do zero. Mudanças rápidas e em uma velocidade que não temos como acertar o passo. Se antes deste momento, a velocidade já era de se questionar, agora então ficou de extasiar. Tudo que tínhamos de valores, critérios e prioridades, ficou posto no chão, ou até abaixo dele.

O principal nestas horas de profunda incógnita, é manter a esperança, é acreditar que tudo passará. Nossa maior dificuldade é o tempo. Quanto tempo perdurará esta situação de completa desinformação? Não sabemos. Dentro deste voo vamos em frente, na sobrevivência. O jeito é, o bom e velho conhecido, um dia de cada vez, descartando o tóxico de informações que não ajudam em coisa alguma.

O momento é de estabelecer o que realmente é prioridade, e, hoje, saúde é fundamental. Temos que planejar horizontes de vida. Quem não planeja os próximos passos, entra em contradição com a esperança e o futuro. Podemos sugerir que quem não planeja o futuro, pode sequer vir a ter futuro. Vencer as frustrações é a principal arma. Pode-se até dizer quem tem mais chance em qualquer situação, é quem sai mais rápido das frustrações, acertando ou errando. O jeito é estar motivado a ir em frente com analise e prudência. Haja coração e cabeça para vencer a turbulência. A fé, seja no Deus que acredite, ao menos conforta momentaneamente.

Em nosso entender, a palavra de ordem é adaptar-se, sempre e com alta flexibilidade, aceitando o que não podemos mudar, mas agindo com confiança. A crise em que estamos inseridos é mundial, portanto, seja o que se queira ter como “melhor”, estamos interligados.

Em matéria de economia e de avanços em bens e serviços, commodities, acredito que surgirá o escambo em nível mundial. Trocas entre países; feijão por maquinas, proteínas por sistemas portuários, ferramentas por produtos hospitalares, etc. Provavelmente veremos todos os países, quase falidos, e os políticos em uma batalha maluca para se reeleger, contra os eleitores, querendo manter um “status” que já não existe mais, principalmente no meio público.

Agora temos a certeza que empresas não são mães, até porque não podem suportar tamanha situação, mas estamos todos comprometidos com nosso destino e carreira para remontar e recriar tudo novamente. Nos resta dar abertura ao aprendizado, respeito à vida, persistência, determinação e Esperança, pois tudo está indo do jeito que o Universo faz andar.

6 Comentários

  1. Carlos Sudatti/Daudt Logística-Reply
    14 de maio de 2020 at 16:25

    José Antonio e Equipe PlaceRH
    Excelente avaliação do momento e nos incentivando a tomar decisões, certas ou erradas são melhores que a inércia e o pânico
    Parabéns mais uma vez

  2. Gabriela Fernandes-Reply
    15 de maio de 2020 at 01:45

    Amei o texto. Parabéns!

  3. Aline Keli Feldkirker-Reply
    15 de maio de 2020 at 04:29

    Não há como se frustrar, quando não há perspectiva, só Deus e o meu Deus é pra sempre, só ele sabe o que vai ocorrer. Uma vacina logo? Uma vacina daqui a um ano? Ou teremos uma endemia?
    Nunca passamos por isso, portanto não crítico nenhuma pessoa neste momento, muito menos um governante. Nesse momento temos que ter fé, que o que virá iremos nos adaptar e sermos humanos melhores.
    Obrigada por tudo JA, meu ex-chefe.
    Abraços,
    Aline Keli Feldkirker

  4. Gisele Pinheiro Serafini-Reply
    15 de maio de 2020 at 09:59

    Excelente Texto! Grande J.A.!

  5. Julius-Reply
    25 de maio de 2020 at 17:35

    Um oásis de bons pensamentos para apreciar e acalmar-se. Enquanto esse deserto de tensão e incertezas, e convívio escasso nos atormenta, são estas certezas refletidas que precisam ser valorizadas: esperança, ela que vale e não vai perecer! Parabéns pelo texto!

  6. 27 de maio de 2020 at 01:56

    Boa noite! Ótimo o seu comentário, e de uma maneira realista porque nós estamos todos no movimento em maior ou menor grau de pânico, relacionamos o medo do vírus com as consequências que a economia mundial se movimenta. E, rapidez em adaptar-se porque a vida parece que perdeu a rapidez, a pressa em realizar para ontem. E nos perguntamos, realizar pra que? Para que futuro? Se ele não chega mais tão rápido. Novos tempos, novas emoções. E que saibamos respeitá-las.

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